Projetos de cooperação internacional têm-se justificado devido a sua relevância no desenvolvimento social e científico no mundo globalizado. No Brasil, movimentos de internacionalização fazem parte de uma ampla política de cooperação entre Estado-Nações, buscando o desenvolvimento social a nível regional e mundial. No âmbito das ciências da saúde, o acesso universa busca a ausência de barreiras geográficas, econômicas e socioculturais, e deve alcançado com a progressiva remoção de obstáculos que impedem que as pessoas tenham acesso e equidade. A internacionalização mostra-se como elemento de consolidação para área da enfermagem, na medida em que são viabilizadas formação de redes inovadoras, de pesquisa e pós-graduação internacionais, estimulando a cooperação entre pesquisadores, e buscando diminuir os desequilíbrios regionais na oferta e desempenho da profissão no Brasil e no mundo (TESTONI, 2015).
Segundo o relatório da CAPES de 2013, na área de enfermagem a internacionalização ocorre por meio de ações como o incentivo à modalidade de professor visitante entre universidades e ao estágio docente em instituições internacionais, assim como pela inserção internacional dos programas, consolidados a partir da publicação em periódicos com fator de impacto e reconhecimento global. Ademais, o intercâmbio, realizado por docentes e discentes possibilita o fortalecimento e o reconhecimento das instituições brasileiras de ensino, encoraja alunos a conhecer realidades distintas e assim fortalece a internacionalização das pesquisas em enfermagem (TESTONI, 2015).
Deve-se destacar, então, que sem acesso à ciência relevante produzida em todo o mundo, não é possível falar em equidade em saúde (MENDONZA, 2016). Dessa maneira, a internacionalização de programas de graduação e pós-graduação em enfermagem, quando desenvolvida buscando o desenvolvimento acadêmico e guiado por uma educação crítica e emancipatória, contribui para o desenvolvimento de uma ciência que se empenha para o acesso à uma saúde universal e de qualidade.
REFERÊNCIAS
TESTONI, Ana Karolliny. O Sentido da Internacionalização em Enfermagem para Coordenadores de Programas de Pós-graduação. 2015. Dissertação (Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015. Disponível em <http://tede.ufsc.br/teses/PNFR0950-D.pdf>. Acesso em 21 maio. 2020.
MENDOZA, Sara. Coverage. Universal Access and Equity in Health: a Characterization of Scientific Production in Nursing. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 24, e2669, 2016 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692016000100301&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 21 maio. 2020.